sexta-feira, dezembro 29, 2006

quarta-feira, dezembro 20, 2006

Na secao Overheard do National Post, segunda-feira:


In a women's washroom (voice from cubicle):

"Would you ladies mind not flushing for a minute? "I'm making an important business call."


Entao, ne... Pois e...

terça-feira, dezembro 12, 2006

Contato Virtual

Ei, moco!

Nao vou nem gastar muito tempo perguntando como foi seu mes e meio em Nova Zelandia. Daqui a um tempo teremos a chance de sentar em um lugar qualquer, no café do Belas, por exemplo - fiquei sabendo que o Café Tres Coracoes virou loja da Claro - para tentarmos (e falharmos) na tentativa de achar palavras para descrevermos nossas viagens. Por isso, nao esqueca: leve fotos. Uma para cerca de 1000 palavras e uma media boa, ja dizia alguem por ai.

Acho que, no final das contas, pela diferenca de tempo que tinhamos para gastar, cada um foi para no lugar certo, e isso nao e muito dificil de concluir. Pelas suas fotos e pelo seu ultimo e-mail, deu pra ver o tanto que voce curtiu cada momento do outro lado do mundo. E viagem e isso mesmo: se jogar! Fazer tudo aquilo que temos - e, em alguns casos - nao temos direito, rs rs...

Outro dia, saindo do Tim Hortons na Yonge Street com um Hot Chocolate na mao (sim, comeco a falar como o povo de Greenville), comecei a pensar sobre nossas experiencias e cheguei a uma conclusao. Na NZ voce viveu uma paixao avassaladora, aquelas de encher os olhos e fazer o coracao bater mais rapido - e, no seu caso, quase sair pela boca a cada queda livre, bungee jump, mergulho etc. Uma paixao louca vivida com toda a intensidade que e permitida, e quase exigida, na combustao desse sentimento. Com certeza, outras paixoes virao, mas essa primeira vai ficar pra sempre guardada.

Eu, no caso, sinto que comeco a viver em Toronto. E ao viver em Toronto, passo tambem a viver com Toronto o inicio de uma historia de amor. Depois de mais de tres meses aqui, consigo ver coisas que nao gosto muito, aspectos que mudaria se existe a possibilidade. Desejaria que a cidade nao fosse tao fria (em alguns momentos, e valido o duplo sentido).Todas as belezas daqui - da diversidade de linguas faladas nos vagoes do subway a funcionalidade das caixas do Metronews, 24 Hours e outros jornais gratis devidamente locadas a cada esquina - ainda me encantam. E acho que sempre irao me encantar. Mas, de certa forma, ja comeco a me acostumar com tudo isso. Defeitos e qualidades.

E quando dou uma viajada para algum lugar aqui perto, como aconteceu quando fui para Quebec, Montreal e Otawa, comeco a desejar chegar em casa, mas na minha casa daqui. E me pego ansiando pela hora de tomar banho no chuveiro que tenho aqui, e sentindo vontade de comer o ovo-cozido-na-noite-anterior-e-comido-frio-no-dia-seguinte - coisa que, no comeco, achava estranhissimo mas agora adotei o habito. O jeito mais rude do chines ja nao me irrita tanto. E ja passei tempo e situacoes o suficiente com eles para saber que nao achar que estou formando um pre-conceito: eles, definitivamente, nao sao meu povo preferido. Ah! E ja estou comecando a esquecer algumas palavras em portugues, tipo... couve.

A frequencia do disparo do botao da maquina digital ja nao e tao alta. A maquina esta sempre na bolsa, mas ja tem coisas que prefiro olhar sem ser atraves do quadro, mas a olho nu. E, naturalmente, tem coisas lindas por quais passo todos os dias e ja nem enxergo mais. Rotina... Elemento essencial a fatal e indispensavel capacidade do ser humano de se adaptar, se acostumar.

Ja me dou ao luxo de nao sair correndo a tarde para visitar algum museu, parque ou atracao turistica. Programa gostoso tem sido ficar em casa a tarde, conversando com a Pearl, xodo de senhora grega com quem moro, e ver o fim do dia deitada na cama tomando cha e lendo um livro. (To lendo romances, ce cre? Nada de artigo sobre o efeito da internet no processo de mundializacao da palavra. Redescobri o prazer desse tipo de leitura - so que, dessa vez, em ingles.)

E agora que estou pra la do ultimo quarto desta viagem e comeco a pensar na volta pra casa - casa no Brasil, agora faz sentido esclarecer - alem do frio na barriga usual causado pela tipica sensacao do "back to reality", da uma dor la no fundo pensar em me separar de tudo isso. Toronto nao e cidade perfeita. Assim como Vancouver tambem nao era, apesar de eu quase fazer parecer. Mas eu bem que saberia conviver com ela. E acho que, assim como no primeiro amor, nos entenderiamos muito bem.

Saudades do Brasil? Naturalmente. Vontade de abracar a familia, rever os amigos e tentar mudar algumas coisas por ai. Afinal, brasileiro que e brasileiro nao desiste nunca, rs rs... Mas a verdade e que comeco a nao so perceber, mas experimentar na pratica que outras vidas e outros amores sao possiveis. E, olha que cliche!, nesta minha nova historia de amor, a distancia vira antagonista. Que nos aguarde o café do Belas Artes. Como diria o rei, sao tantas as emocoes...

Nota: Adaptacao de um e-mail enviado a um amigo com quem planejei vir para o Canada e nossos planos acabaram por tomar rumos opostos. Bem, nao opostos, mas quase perdendiculares entre si. (Adaptacao, logico. Algumas coisas tive que censurar... ;P)

quinta-feira, dezembro 07, 2006

CN Tower


Se Pitagoras estivesse sentado no alto do mais famoso icone do Canada, de frente para o Ontario Lake, observando a chegada das embarcacoes, ele teria chegado a mesma conclusao de que a Terra e redonda. Exageros a parte (nao posso evitar... ta no sangue) Toronto nao tem mar, mas em termos de Lago, esta muito bem servida. As aguas sao de se perderem de vista rumo a linha do horizonte.

O sol estava alto, mas o vento era gelado no 2o piso da CN Tower, a mais de 350 metros do chao. Depois de visitar o restaurante giratorio de 360 graus, dar umas quatro voltas no outdoor deck para ver a perfeita maquete da cidade la embaixo e pular no chao de vidro ate o pessoal la comecar a achar estranho - pois perder a graca, nao perdeu - nada como admirar o recolher do sol sob um outro ponto de vista. E que vista.