quarta-feira, outubro 26, 2005

sem palavras pra mais de mil

Minha amigdalite me deixou sem fala... e sem palavras. Mas deixo aqui uma imagem - que dizem que vale mais que mil, né? E fica sendo este o maior post deste blog até agora...

domingo, outubro 23, 2005

Profissionalmente gay

Algumas notícias nos pegam de surpresa... Outro dia estava almoçando em casa quando minha mãe solta o comentário de que o "R*, [nosso cabeleiro] arruma o cabelo de sua mulher e filha." Seguida de minha reação: Hãããhn?!? Pensei que ele fosse gay... e outros comentários do tipo "É, eu também." e "Estranho, né?..."

Sem aprofundar na sexualidade de meu cabeleleiro que, por sinal, é ó-te-mo com as mãos, uma idéia fica em minha cabeça: será que eu interpretei anos de corte e penteado de maneira errada e que seus trejeitos eram não mais que técnicas profissionais? Ou será que é mais fácil para a sociedade lidar com estereótipos e meu querido cabeleleiro não "quis" sair da linha? Sem dúvidas, lidar com rótulos deve ser mais fácil. Mesmo que o produto em questão assuma uma embalagem que não é exatamente a sua e não condiz com seu real conteúdo.

Mas nós, sociedade pós-moderna e esclarecida, não estamos muito preocupados com isso, certo? Afinal, todo cabeleleiro é gay, toda caminhoneira é sapatão, todo baiano é preguiçoso, todo negro é bandido e todo cruzeirense é... hehe, não vou entrar nesta questão. Mas estereotipar é sempre mais fácil. Lógico, se o rótulo não cai como luva sobre a sua pele... Aí, a história é outra.

segunda-feira, outubro 17, 2005

Início do fim

Bati o olho nele logo que entrei no supermercado. Lá estava ele, como de costume nesta época do ano, e me lembrei de que não fazia tanto tempo que eu o tinha visto pela última vez. O tempo é que passou rápido e vê-lo assim, de supetão, só me fez pensar o quão rápido foi... Era o início do fim.

O visual tinha mudado um pouco. (Normal, eles costumam fazer isso para atrair mais atenção. E, de fato, atraiu.) Fitei-o e fiquei hipnotizada por alguns segundos... Não havia dúvidas: a chegada dele anunciava o fim.

Puxada pelo braço, voltei à minha realidade e fui fazer o que eu tinha ido fazer no Carrefour: compras. Mas eu já não podia mais fugir de um pensamento que me assolava fazia um tempinho. O ano está acabando. E aquele panetone da Bauduco na pilha de outros muitos, com nova embalagem, anunciando com uma corneta silenciosa a chegada de mais um Natal, era a confirmação do óbvio: 2005 já era... O bolo seco de frutas cristalizadas sempre vem com esta função...

segunda-feira, outubro 10, 2005

ontem

ontem quis te dar um abraço
sem tirar seu espaço
sem que você pudesse me ver

quis esticar o braço
tocar o futuro e o tempo passado
ver a noite amanhecer

pensei em dar mais um passo
descalço, descompromissado
de encontro ao seu sorriso

e te falar sobre a sorte
te explicar que a morte
vivida a cada dia
é eterno renascer

ah se aquele sol soubesse
o que os céus sussurram
então eu saberia

te daria o braço
sem um "a", um abraço
te veria adormecer

se você apenas escutasse
o que os ventos contam
mas ninguém pode ver

domingo, outubro 09, 2005

música ao vivo, copos e uma máquina digital

Não precisava de nada além disso. Sábado à noite, dia 1º de outubro, era um intervalo valioso num fim de semana de muito trabalho em uma semana que demorou um mês para terminar. Sentada na escadaria do Minascentro, sem ânimo até para pensar, o cansaço me puxava pra casa mas duas amigas me levaram pr'uma mesa de bar. No Santa Tereza. Lugarzinho legal. Música ao vivo, comida boa, ambiente agradável e, claro, conversa entre amigas que se vêem toda semana mas falam como se não se vissem desde a queda do muro de Berlim...

O clima estava bom. Tudo era motivo de comentário em meio ao papo que não acabava nunca. Casos engraçados, assuntos mais delicados, projetos a curto e longo prazos que acabavam por se misturarem com sonhos. Naquele momento, nada mais faltava. Tínhamos tudo ali.

Talvez não precisassemos de música ao vivo. Talvez não precisassemos de carne com mandioca e de uma mesa num barzinho em um bairro antigo de Beagá. O papo sincero e animado de todo fim de semana já servia. O resto era cenário.